segunda-feira, 6 de abril de 2009

Depois de

Depois de muito tempo sumido resolvi reaparecer, escrever. Talvez esse seja um passo importante para voltar a respirar, sendo assim deixo este pequeno texto que escrevi há alguns dias..


Falo sempre o que penso...
Mas podo tanto a pequenina árvore que cresce no canto do meu quarto
que ao fim ela fica sem sentido, diferente, distante de sua forma original.
Assim ela nunca baterá no teto,
nunca verá a luz,
nunca renovará o meu ar.
E ela se magoa com tanta frustração, se encolhe, recolhe-se e diminui,
suas folhas caem, seu raquítico tronco se seca.
A morte está por vir...
E na iminência de seu fim, como mágica ou milagre
brota em seu último galho uma pequenina folha.
Que em breve também será podada.
...mas quase nunca falo.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Moleskine



É interessante como algo tão pequeno pode fazer tão bem a alguém.
Hoje comprei um moleskine, na verdade comprei dois, não resisti(Resisto a tudo, menos às tentações - Oscar Wilde).
Chegando no hotel a primeira coisa que fiz: abri o Moleskine e fiz minha primeira anotação, fiquei eufórico, animado, e basbacado, qual o estatus de se ter um Moleskine?
Há um grande Marketing que insiste em dizer que Picasso, Van gogh entre outros grandes artistas o usaram. Não sei dizer se essa afirmação é verdadeira, mas sei que há uma magia especial em utilizar um Moleskine, talvez não para todos, mas para mim sim, tem um gosto especial.
Ahh já ia me esquecendo hoje visitei o Louvre, vi A Monalisa e Vênus de Milo, entre outras grandes obras de outros grandes artistas, lindas obras, mas no Louvre, o que mais me chamou a atenção foram as nádegas, não das mulheres que também visitavam o museu, mas sim das esculturas, incrível como todas tem lindas bundas, e sem preconceitos as estátuas masculinas também tem lindas bundas.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009


Sou um Poeta?
Questionamento que certamente passou em pelo menos um momento a mente de um grande, pequeno ou medíocre poeta, se é que classificações deste tipo possam ser feitas.
Em um vôo Rio-Paris, vinho francês na mente e isso me passa a cabeça. Como saber? Como se ter certeza de algo, levando um vida tão incerta? O que me resta então? Pedir mais vinho com meu fraco francês.
Je voudrais un vin, sil vous plait?
Prontamente Baco vem se assentar à minha esquerda.
Quão amigo tu és dos fracos de coração.
Quão amigos és dos que querem suas dores curadas emergencialmente.
O cão neste momento perdeu seu lugar de prestígio.
E a questão inicial?
Já ficou para trás, provavelmente no meio do Atlântico, na nova Ilha dos Amores da América do Sul, preparada por Vênus, lugar tal que qualquer Lusíada sentiria imensa inveja.


P.S acompanha fotos de meu segundo em Paris.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Adeus Brasil, pelo menos por uns dias...

Escrevi mil coisas para este post, apaguei todas elas, sendo assim minhas ultímas palavras postadas neste blog serão.
Adeus Brasil, Salut France, mas meu coração continua nesta terra, com você minha Vera Cruz.
Tudo bem, sei que não foi nada original, muitos com certeza já disseram isso antes, mas a ansiedade, o medo e a imensa vontade de passar mal me impedem de escrever mais.

Sem mais delongas estou indo, meu próximo post será em terras Europeias.

Au Revouir

P.S (ouvindo Banda Casaca - Velha Estrada)

sábado, 20 de dezembro de 2008


Fui trabalhar de chinelo, como não costumo fazer, bermuda e chinelo, parecia ser um sábado como qualquer outro, e era. Peguei o ônibus, desci nas barcas, esperei por 20 minutos a chegada da embarcação, o que me deixou estranhamente irritado para um dia de sábado. Chegando a embarcação, vi que não era um Catamarã, era uma barca mesmo, o que inicialmente me chateou profundamente, pela pressa que eu necessitava. Porém ao entrar na barca, fui obrigado a me desapressar, acostumado a entrar todos os dias com 1300 pessoas em um catamarã lotado, me senti diferente naquela pequena barca de madeira e ferro, desapressado consegui ver coisas que não vejo todos os dias, é engraçado como as vezes necessitamos de um dia igualmente diferente para nos acalmar.
Sentei em um banco sem maiores escolhas, não havia sol, no entanto era um dia claro. Na mesma baía de Guanabara, na mesma paisagem, o mesmo eu, saquei minha câmera importada da 25 de Março, que por acaso (de) resistia ,pelo esquecimento, na minha mochila, e tentei registrar alguns momentos da rápida viagem.
Chegando ao Rio, decidi continuar minha aventura de tentar fazer uma manhã igual em uma não tão igual, e continuei fotografando o que me chamava a atenção, não somente pelos olhos, mas principalmente pela alma.
Nessas fotos não tenho pretensões de ser fotografo artístico ou algo do tipo (escrever em um blog já é bastante complicado para mim), mas posso dizer que isso me fez um bem sem igual, foi quase que uma fuga de tudo o que perturba a alma de um cidadão carioca.
Hoje olhei as paisagens, vi pessoas e “momentos” através de uma lente que pôde congelar a realidade de instantes suficientemente marcantes. O mar, o atracar da barca, o túnel, o pão de açúcar escondido em seu mistério, e a feira que reúne o mendigo, o estranho, o lixo tecnológico, a arte e a guerra.










quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


Hoje ganhei um livro, um maravilhoso guia da cidade de Paris, como eu não poderia gostar?
Há poucos dias estava eu na livraria da Travessa e o vi, peguei-o nas mãos, acabei desistindo da compra, dada a contenção de despesas, no entanto, agora mesmo ele está aqui na minha frente. Bom ter pessoas por perto que se preocupam conosco, ou que só querem mesmo nos alegrar dando um presente interessantíssimo, inesperado e utilíssimo, que será muito usado a partir do próximo dia 30, quando iniciarei meu passeio pelo Velho Mundo, mais especificamente na França.
Finalizando, e sem citar nomes, obrigado dois amigos médicos.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Na beira da Orla

Na beira da cama ficou o todo
do outro lado todo o resto
os destroços
o invíavel que se torna o melhor na falta do todo.
O longuinquo todo continuou a beira da cama
com paixões, amores e dores
com o tempo, o espaço e o presente
com o salto, com brados e vivas
Com os três e todos os seus cubos
Do outro lado da cama ficou todo o resto, o risco, o rosto e o apenas.